Prato de faiança pregado na sala
Sobre um balcão de jacarandá.
As paredes no amarelecer
De nicotina e de fumaça
Da avenida, do ponto de ônibus.
A cortina ruiu, ali, ao lado,
E deixou entrar, branco menos verde,
Um rubro outono cheio de magentas.
E foi dia, e foi noite aberta
Em sésamo derramado, jorrado,
Jogo americano ensopado de leite.
O piso é taco, é farpa-com-ferpa no pé
Do menino que anda de meia.
Porque a meia ele não lava.
A meia ele suja da escureza chã,
Correndo à flor que dá, enfim,
Na maçaneta da porta da avó.
Ele roda a rosa azul,
Mas nada pode o puxador de porcelana
Contra o ferrolho. O quarto segue,
Por ora, inconcesso.