Quando Juvenal saía da botica
Morto do sono da
arte,
andando entre sonhos
pestilentos.
Levanta.
Quando Juvenal saía da botica
Morto do sono da
arte,
andando entre sonhos
pestilentos.
Levanta.
Prato de faiança pregado na sala
Sobre um balcão de jacarandá.
As paredes no amarelecer
De nicotina e de fumaça
Da avenida, do ponto de ônibus.
A cortina ruiu, ali, ao lado,
E deixou entrar, branco menos verde,
Um rubro outono cheio de magentas.
E foi dia, e foi noite aberta
Em sésamo derramado, jorrado,
Jogo americano ensopado de leite.
O piso é taco, é farpa-com-ferpa no pé
Do menino que anda de meia.
Porque a meia ele não lava.
A meia ele suja da escureza chã,
Correndo à flor que dá, enfim,
Na maçaneta da porta da avó.
Ele roda a rosa azul,
Mas nada pode o puxador de porcelana
Contra o ferrolho. O quarto segue,
Por ora, inconcesso.
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