Poeminha amigo de tantas horas,
Invoco-te, aqui, novamente.
És meu tradutor de galhofas,
Fiel camarada inocente.
Se quando te chamo demoras,
Sei que a causa é a semente:
Mamãe de tantas apostas
Para minha esperança nascente.
Os versos de tantos emboras,
Porquês de um eu-calado ausente,
São as inefáveis faces vistosas,
De nossa amizade patente.
Onde se esconde a poesia, Fernanda?