Às vezes dá vontade de ser diferente. E aí dá vontade de fugir.
Mas fugir não é fazer a mesma coisa?
Dói, dói, dói, dor de cabeça amada.
Dói e me faz vivo.
Viver é ter muita dor de cabeça.
Às vezes dá vontade de ser diferente. E aí dá vontade de fugir.
Mas fugir não é fazer a mesma coisa?
Dói, dói, dói, dor de cabeça amada.
Dói e me faz vivo.
Viver é ter muita dor de cabeça.
Poeminha amigo de tantas horas,
Invoco-te, aqui, novamente.
És meu tradutor de galhofas,
Fiel camarada inocente.
Se quando te chamo demoras,
Sei que a causa é a semente:
Mamãe de tantas apostas
Para minha esperança nascente.
Os versos de tantos emboras,
Porquês de um eu-calado ausente,
São as inefáveis faces vistosas,
De nossa amizade patente.
Onde se esconde a poesia, Fernanda?
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.